segunda-feira, 12 de agosto de 2013

AMOR IMPOSSÍVEL - Parte I (UM CONTO ADOLESCENTE)





Debaixo de seu guarda-chuva, Camila esperava por Bruno no parquinho vazio. Ninguém se atreveria a sair de casa num domingo como aquele. A chuva fina parecia envolver tudo, tornando escuros os troncos das árvores e formando gotículas que mais pareciam diamantes, brilhando sobre o musgo aveludado do muro. O ar frio da manhã entrava-lhe pelas narinas, levando o cheiro de chuva para dentro dela. 

Dissera a seus pais que precisava terminar um trabalho da escola, e que iria até a casa de sua amiga Mariana. Sua mãe, muito severa, ligara para a casa de Marina antes de Camila sair, para confirmar a estória da filha. Como ela tivesse apenas treze anos de idade, ainda achava que era muito cedo para que ela namorasse. Confirmada a estória ( Mariana era uma cúmplice fiel da amiga) , a mãe de Camila sorriu aliviada, e enquanto enrolava um cachecol em volta do pescoço da filha, disse-lhe:
“desculpe, querida, mas você está na idade de estudar, e não de namorar. Além do mais, esse Bruno já tem dezoito anos, é muito mais velho que você. Não daria certo. Agora vá, e não volte muito tarde. Te esperamos para o almoço”. 

Camila beijou a mãe, despediu-se do pai , que lia o jornal na sala de estar, e partiu, carregando um livro de Geografia. 

No parquinho, os balanços vazios balançavam, impelidos pelo vento. Ela permanecia de pé, pois era impossível sentar-se nos bancos encharcados. Logo, uma silhueta indistinta desenhou-se no meio da chuva fina e da neblina. Era Bruno. Vestia uma capa de chuva preta, e não trazia guarda-chuva. Ambos se abraçaram, sem nada dizer, e depois se beijaram longamente. Toda vez que ele a beijava daquele modo, Camila sentia um arrepio gostoso percorrer-lhe o corpo todo. Era sempre como se fosse a primeira vez. 

Bruno abriu uma caixa de chicletes e ofereceu-lhe um. 

- É de tutti - frutti. 

Camila colocou-o na boca e deixou o açúcar derreter bem devagar. Beijaram-se novamente, desta vez sentindo o gosto do chiclete transferindo-se de uma boca para a outra. O coração dela batia descompassado, enquanto as mãos dele percorriam sua nuca, descendo suavemente pelas costas, indo descansar em sua cintura. A respiração de ambos tornou-se ofegante, e ela deixou cair o guarda chuva aberto que foi sendo levado pelo vento, ficando preso num arbusto próximo. A chuva trouxe-os de volta à realidade. Bruno correu atrás do guarda chuva e agarrou-o um segundo antes que ele voasse para longe. Ambos riram. 

- O que você disse para sua mãe?
- Que ia fazer um trabalho na casa de Mariana.

Mostrou-lhe o livro de Geografia.

- Pena que eles não deixaram a gente namorar. Sempre a velha estória; “você ainda é muito novinha...” 
- Eu tentei falar com eles, mas seu pai nem quis me ouvir. Sua mãe ainda foi mais gentil.
- Ela é mulher também...


Bruno riu . Achou engraçado Camila incluir a si mesma no grupo das mulheres adultas. Sabia muito bem que ambos eram apenas dois adolescentes, embora Camila aparentasse ter dezesseis anos, pois era mais alta que as meninas de sua idade. Por isso tinha se interessado por ela. Quando descobriu que ela tinha apenas treze anos, quis terminar o namoro, mas viu que era tarde demais: estava apaixonado. Sentia-se confuso, pois o desejo que nutria por ela era muito forte, e não poderia ser satisfeito. Precisava lembrar-se que há bem pouco tempo atrás, ela era apenas uma criança. 




Camila acariciou o rosto dele com a ponta de seus dedos gelados, contornando-lhe a boca.

- Você sabe que é meu primeiro namorado?
- Já imaginava. No início, você nem sabia beijar...

Ela deu-lhe um tapinha no ombro.

- Seu mentiroso! Eu aprendi na revista!
- Mas teoria é bem diferente de prática!

Ela colou os lábios nos dele novamente. Introduziu a língua em sua boca, procurando pela dele. Bruno afastou o rosto, ofegante.

- Já te pedi para não me beijar assim...
- Não gosta?
- Este é o problema: adoro! Mas isto me faz Ter vontade de fazer outras coisas com você. Coisas que eu sei que não devemos ainda. Não podemos.
- Mas a gente podia ao menos brincar...
- ... com fogo? Menina, eu não quero que você se machuque, ou se arrependa depois. 
- Mas eu sinto por você a mesma coisa que você sente por mim. Este desejo, esta vontade de ficar sozinha com você, de fazer coisas...

Bruno saiu de debaixo do guarda chuva , andando de um lado para o outro.

- Camila, você só tem treze anos.
- Mas você já fez antes, não fez? 
- Isso não vem ao caso...
- Claro que sim! E quantos anos você tinha quando transou pela primeira vez?
- Camila, eu...
- Quantos anos?

Ele respirou fundo.

- Você não desiste, heim? Eu tinha quinze.
- Todo mundo acha que eu tenho dezesseis...
- Mas você não tem; olha, um dia pode ser que a gente não fique mais juntos e você se apaixone por outro, e...
- Isso nunca vai acontecer.

Bruno jogou os braços para o alto, e voltou para debaixo do guarda-chuva. Enlaçou-a pela cintura.

- Se isso não acontecer, daqui a uns dois anos, quem sabe.
- Dois anos?! Você vai aguentar ficar dois anos nesse chove-não-molha?
- Que horas são?
- Hein?
- Que horas são? E se sua mãe ligar para a casa da Mariana?
- Ela diz que eu estou no banheiro.
- E se sua mãe não acreditar?
- Problema dela.
- Camila, eu topei namorar escondido, contanto que a gente tomasse cuidado. Não quero confusão. 
- Sabe, às vezes parece que você tem trinta anos.
- Tenho medo de que eles descubram tudo e aí... já era!

Ela recobrou um pouco do bom senso:

- Você está certo. Não posso nem pensar em ficar sem te ver.

Olhou o relógio; eram quase onze horas.

- Tenho que ir. A gente se vê amanhã?
- Claro. Te pego na escola.

Eles se despediram, e Camila foi para casa. Quando chegou, sua mãe estava terminando de preparar o almoço, e Camila ajudou-a a por a mesa. 





- Filha, seu aniversário é no mês que vem . Estive conversando com seu pai, e pensamos que você gostaria de dar uma festinha e chamar seus amigos. Que tal?
- Legal! Posso convidar quem eu quiser?
- Claro! Faça a lista. Alugaremos um salão de festas no clube.
- Mãe, que ótimo!

Camila deu a volta na mesa e beijou a mãe. 

- Só que... sabe, eu e o Bruno éramos amigos antes de... antes da gente tentar namorar. Não vejo motivo para virar a cara para ele agora, sö porque vocês não querem que a gente namore. Posso convidar o Bruno?

Neste momento, o pai de Camila entrou na sala de jantar.

- Não. Isto é definitivo.
- Mas pai, por que? Não tem nada a ver... por que a gente não pode ser nem amigos?
- Porque este garoto é muito mais velho, pertence a outro grupo. Seus amigos têm entre doze e quinze anos, não vejo porque incluir alguém que não pertence ao grupo de vocês.
- Mas eu ...
- Camila, eu já disse que não!


Ela bufou, exasperada. Pisando firme, foi para o quarto e bateu a porta. Sua mãe seguiu-a, dizendo que o almoço estava pronto, mas ela berrou: “não estou com fome”. 

- Querido, realmente não vejo razão para proibi-la de convidar o rapaz. Você sabe muito bem que o que é proibido tem muito mais atrativos.
- Marta, acho melhor cortar o mal pela raiz.
- Mas Claudio, você quer que ela fique infeliz no dia de seu aniversário?
- Eu não acho conveniente e pronto.

Marta sentou-se e começou a servir o almoço.

- Quando nos conhecemos, você tinha vinte anos, e eu, quinze.
- Eu sei. Mas foi diferente. Eu já tinha um emprego, fazia faculdade, era mais maduro. Ela sö tem treze anos e esse garotão ainda nem terminou o vestibular. Nem sabe que rumo vai tomar na vida.
- Mas eles são apenas garotos, e provavelmente isso não vai dar em nada. Daqui a um tempo ela esquece esse menino, ainda é criança e não sabe o que quer.
- Mas Marta... nós sabemos o quanto nossa filha é diferente das outras meninas da idade dela. As revistas que lê, os gostos, as opiniões.... são maduras demais. Eu tenho medo de que tudo isso seja apenas um disfarce.
- Como assim?
- Ela finge essa maturidade toda para poder fazer coisas que sua idade não permite. Por exemplo, quando ela tinha doze anos, deixamos que viajasse para os Estados Unidos com as amigas, e ela ligava no meio da noite chorando de saudades.
- Ora, francamente! Elas não foram sozinhas, a mãe da Mariana estava junto. Acho que devíamos mostrar um pouco mais de confiança na nossa filha. 
- Ela parece madura para umas coisas, mas às vezes, quando a vejo dormindo, sem aquela máscara de mulher determinada... vejo o quanto ela é apenas uma menina. Daqui a alguns anos, se ela ainda gostar deste menino, e se ele ainda pensar nela, quem sabe. Agora, não. 




Marta sabia que Claudio estava certo. Mas não suportava ver Camila sofrer. Sabia também que Claudio era praticamente irredutível em suas decisões , portanto terminou o almoço em silêncio.

No dia seguinte, Bruno foi encontrar Camila na saída da escola, como haviam combinado. Ela ficou susprêsa ao ver que ele dirigia o carro do pai. Bruno abriu-lhe a porta do carro com exagerada cerimônia, e ela entrou , dando gritinhos de alegria. Foram até uma rua sem saída onde não havia muitas casas, e ele desligou o motor. Depois de ficarem conversando durante alguns minutos sobre a escola, as provas e outras coisas que sempre ocupam a mente dos adolescentes, ela contou-lhe sobre a festa.

- Meus pais resolveram dar uma festa em meu aniversário. Querem alugar o salão no clube.
- Legal! E você reage com essa cara de bola murcha?
- Eles não me deixaram convidar você.
- Você tá louca? Como é que... você pediu para me convidar?!
- Lógico que sim!

Ele balançou a cabeça.

- Você é louca, mesmo! Eles vão acabar desconfiando.
- Bom, eles não deixaram eu convidar você. Portanto, eu disse que não quero festa nenhuma.
- Ah, mas você vai mudar de ideia.
- Não.
- Vai, sim.
- Não vou, não.
- Olha, faz o seguinte: Eles vão estar lá na festa? 
- Não, mas a fofoqueira da minha prima vai. Com certeza, ela não vai hesitar em contar para eles se você for. A Magda me detesta! Às vezes eu acho que ela queria ser eu. O mais engraçado, é que ele disse que não queria que você fosse porque você é mais velho e não pertence ao grupo. Mas aquela jararaca já tem dezenove anos e pode ficar me rodeando o tempo todo.
- A Magda vai estar lá... isso é mau.

Ambos ficaram pensativos por alguns instantes.

- E se eu... for disfarçado?
- Como assim?
- Meu amigo tem uma peruca que ele usou quando deu um show de rock. Ela é meio- feia, mas acho que se eu usar aquela peruca e uns óculos escuros, a Magda não vai me reconhecer. Só nos vimos umas duas vezes e ela mal prestou atenção em mim...
- Você, de peruca? Adorei a ideia!
- É claro, não vou ficar muito tempo, para não dar na vista. Mas no meio da festa eu apareço, a gente se esconde um pouquinho... vai ser divertido.
- Grande! A gente foge um pouquinho para o jardim. Peço pra Mariana despistar a Magda. Mas cuidado para que ninguém te chame pelo nome.
- Não tem problema. A maioria de seus amigos não me conhece, e os que conhecem, vão ficar na deles. 
- Combinado. Até que enfim, achei que essa festa ia ser um saco, sem você.



Eles se beijaram, e depois Bruno deixou-a numa rua próxima de casa. 
Durante aquele mês, eles continuaram se encontrando furtivamente. Os minutos que ficavam juntos eram sempre poucos, mas cada vez mais intensos. Crescia a vontade de ultrapassar o sinal, e se não fosse por Bruno, já o teriam feito mais de uma vez. Mesmo assim, ficava cada vez mais difícil para ele se controlar, já que Camila o provocava o tempo todo. Parecia que ele era a menina e ela, o garotão sedutor. 

Finalmente, chegou a noite da festa. Camila estava lindíssima. Quando deixou-a no clube, Cláudio ficou olhando-a afastar-se do carro e entrar no salão, enquanto um nó lhe apertava a garganta. Viu-a ser abraçada pelos amigos e desaparecer no meio deles, sem olhar para trás. Achou melhor voltar para casa, apesar da curiosidade que tinha em entrar e dar uma boa olhada. Mesmo sabendo que Bruno não estaria lá, decidiu pedir a Magda que “desse uma olhada” na prima. 

E Magda levou à sério sua função, não desgrudando de Camila o tempo todo. Mesmo quando ela ia ao banheiro, Magda plantava-se na porta. Camila estava furiosa, mas procurava divertir-se e fingir que a prima não estava lá. De repente, olhou para a porta e viu um sujeito estranho, de óculos escuros e cabelos um tanto desgrenhados a olhar para ela. Imediatamente, Camila fingiu ignorá-lo e chamou Mariana.

- Ele chegou! Me ajude a ficar livre de Magda.

Mariana seguiu o olhar de Camila e teve que se segurar para não dar uma gargalhada.

- Nossa, ele está totalmente diferente... se eu não soubesse, não o reconheceria.
- Faz o seguinte: Eu vou correr até o outro lado do salão. Quando ela tentar correr atrás de mim, você a chama e a arrasta para o banheiro, dizendo que seu sutiã abriu e que você precisa de ajuda para fechá-lo de novo. Ou invente uma outra desculpa qualquer, mas tire ela daqui.
- Acho que a do sutiã está legal. Vai fundo.
- Lá vou eu.

Camila fingiu avistar alguém do outro lado do salão e , metendo-se no meio da multidão, rapidamente despistou Magda; enquanto isso, antes que ela pudesse seguir Camila, Mariana puxou-a pelo braço:

- Magda, me ajuda aqui... estou em apuros... meu sutiã arrebentou.
- Logo agora? Onde foi a Camila?
- Camila? Não sei. 
- Você viu aquele cara estranho na porta?
- Que cara?

Magda apontou para onde Bruno havia estado, mas não tinha mais ninguém.

- Tinha um cara estranho parado ali...
- Deve ser algum penetra. O segurança põe ele pra fora, não se preocupe. Mas agora, venha comigo. Senão, não vou conseguir desabotoar a blusa sozinha para ver o que houve com meu sutiã.

E antes que Magda pudesse dizer mais alguma coisa, Marina praticamente arrastou-a para o banheiro.
Lá fora, num cantinho escondido entre algumas árvores, Bruno e Camila se abraçavam. Já livre da peruca e dos óculos, ele admirava a beleza de Camila.

- Nossa, você está linda...
- E um ano mais velha. Venha comigo.
- Para onde?
- Não discuta, só venha.


Camila levou-o para uma sala vazia, onde, em segredo, ela tinha arrumado uma cama improvisada com alguns tatâmis usados pelo grupo de judô do clube. Bruno alarmou-se, mas ela puxou-o para dentro, trancando a porta.



Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, ela começou a despir-se. Ao vê-la ali, totalmente nua, iluminada apenas pela luz do luar que entrava por uma janela alta, toda a resistência de Bruno foi por água abaixo. Abraçou-a novamente, e ambos tiveram sua primeira noite de amor. 

Mas enquanto isso, Mariana estava tendo problemas com Magda dentro do banheiro. Ao ver que não havia problema nenhum com o sutiã de Marina, Magda logo percebeu que tudo se tratava de uma trama feita para despistá-la. 

- Onde está Camila?
- Camila? Ora, ela está no salão.
- Então vamos lá para verificar. Você não entende? Meu tio me fez prometer que tomaria conta dela! Estou fazendo isso apenas para proteger minha prima dela mesma! 
- Ora, todo mundo sabe que você morre de inveja da Camila. 
- Isso não é verdade. Apenas sou mais velha, e como ela não tem nenhuma irmã, acho que devo tomar conta dela. Prometi ao meu tio, não entende? Se alguma coisa acontecer, você será a responsável, Mariana!

Enquanto falava, Magda puxava Mariana pela mão em direção ao salão de baile. Procurou-a por todos os lugares; perguntou por ela , mas ninguém sabia onde ela estava. 

- Aquele cara estranho na porta, ele era o Bruno, não era?
- O que? O Bruno não foi convidado, todo mundo sabe disso.
- Acha que sou alguma idiota? Vamos olhar no jardim.
- Magda, espere...

Mariana, desesperada, tentava usar a imaginação e inventar uma estória que tornasse as coisas mais fáceis, mas isso era privilégio de Camila. Quando sob pressão, Mariana não conseguia raciocinar rápido.

- E se a gente procurasse no banheiro?
- Acabamos de sair de lá.
- Mas a Camila pode ter entrado depois que a gente saiu. Vamos lá dentro de novo.
- Não. Tive uma ideia melhor: vamos lá fora.
- Mas Magda, eu acho que...

Magda não deu ouvidos à Mariana, e a esta só restou seguir a outra , esperando que o pior não acontecesse. Procuraram por todo o jardim, e nada de Camila. Foram à portaria do clube, mas o porteiro informou-lhes que Camila não tinha saído do clube. Voltaram para o salão, mas ela ainda não estava de volta. Até mesmo Mariana estava ficando preocupada: “Onde será que aqueles dois se meteram?” Enquanto voltavam novamente para o jardim, Magda pensou em ligar para Claudio e contar o que acontecera. Já havia quase uma hora desde que Camila tinha desaparecido. 

- Acho melhor chamar meus tios.
- Ainda não... vamos esperar mais um pouco. Não temos motivos para alarmá-los. 
- E se aconteceu alguma coisa ruim?
- Tenho certeza que não. Vamos esperar.
- Nada disso. Tem um telefone no corredor. Venha.
- Mas Magda, são quase duas da manhã... Você vai dar um susto nos seus tios à toa.
- Como pode Ter tanta certeza de que é à toa? Você sabe de alguma coisa?

Mariana não respondeu.

- Escute bem, Mariana: Estamos falando de uma menina de quatorze anos. Uma menina que não tem a cabeça no lugar, e acho que nunca terá. Meu tio pediu que eu olhasse por ela, e se alguma coisa acontecer com ela, você vai ser a culpada também!
- Está bem. Seja o que Deus quiser. 
- Ela está com o Bruno ou não?
- Está. Mas eu pensei que eles só fossem se ver por alguns instantes, foi isso que ela disse para mim!
- E você acreditou, é claro.

Mariana suspirou, impotente.



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