PARTE 3 - EDUÍNA
Há muitos quilômetros dali, mais precisamente,
a quase mil quilômetros, Eduína preparava-se para dormir, após um dia de
trabalho no shopping center, onde era gerente de uma loja de roupas. Devemos
saber que ela era uma moça de cabelos pretos, lisos e escorridos, alta e magra,
que chamava a atenção pela beleza de seus olhos verde escuros e seu ar de
mistério. Não tinha muitos amigos. Na verdade, não tinha amigo nenhum, apenas
os colegas de trabalho com quem se relacionava somente no horário de
expediente. Jamais conhecera seus pais, tendo sido adotada e criada por um
casal de meia idade que falecera em um acidente de carro quando ela completou
dezoito anos. Deles, ela herdou uma pequena casa em um bairro de classe média,
algumas dívidas e uma solidão imensa.
Apesar de ser muito bonita, aos quase vinte e
dois anos de idade Eduína nunca tivera um namorado, pois os rapazes a evitavam
por motivos que nem mesmo eles conheciam. Ela era tratada com respeito e
distância desde os tempos da escola. Ninguém a convidava para as festinhas de
aniversário ou bailes de debutantes, e ela não se sentia ofendida. No fundo,
Eduína sabia que seu destino não estava ali, entre aquelas pessoas comuns e
superficiais, e eles intuíam a mesma coisa sobre ela. Alguns comentavam que não
se sentiam à vontade perto dela. Uma de suas colegas de classe, durante uma
conversa dissera: “Não sei o que é. Não é que ela seja estranha, ou antipática.
Só não me sinto à vontade. Tenho a impressão de que ela lê a gente por
dentro...”
Após a morte dos pais adotivos, alguns a
visitaram levando tortas, bolos e pratos salgados, mas permaneceram por poucos
minutos, tal o desconforto que sentiam sob seu olhar penetrante. E eles tinham
razão de se sentirem desconfortáveis, pois a moça era capaz de captar os
verdadeiros sentimentos das pessoas: medo, curiosidade, pena, indiferença. Quase
não havia traços de empatia sincera por ela ou pela sua recente orfandade. A
maioria deles estavam ali por obrigação social ou curiosidade.
Eduína continuou sua vida após os três dias de
luto concedidos a ela por lei. Na verdade, não sentia um grande amor pelos pais
adotivos, apenas gratidão por a terem criado, afeto e uma certa distância.
Tratava-os com respeito, partilhando com eles coisas corriqueiras sobre a
escola e o que havia aprendido. Comemoravam seu aniversários sempre a três, com
um bolo que era confeitado por sua mãe, um refrigerante que o pai levava para
casa e um pequeno presente, que era geralmente um livro, alguma peça de roupa ou
material escolar. Entre os três parecia haver um acordo silencioso de não se
amarem, mas de se tratarem com muito respeito e afeto calculado. Eduína nada
sabia sobre seu passado, e nunca se importara em perguntar onde tinha sido
adotada, por quê, ou quem eram seus verdadeiros pais. Ela vivia a vida sem se
preocupar.
Gostava de caminhar pelo parque da pequena
cidade onde viviam e observar os pássaros, esquilos e insetos. Não tinha
nenhuma curiosidade sobre seu passado ou sobre seu futuro. Porque ela sabia,
instintivamente, que seu destino, embora ela nada conhecesse sobre ele, já tinha sido traçado, e que bastava esperar
por direcionamento.
Após a morte dos pais ela continuou fazendo o
que sempre fazia: ia ao trabalho, cumpria suas funções com esmero e dedicação e
ao final de cada dia, após passar no mercado, jantava, assistia a algum filme
ou lia um dos seus livros e ia dormir. Nos finais de semana, limpava a casa.
Eduína não frequentara a faculdade, pois os
pais adotivos não tinham recursos financeiros, e ela, nenhum interesse em
aprender mais do que já sabia. E o que ela sabia era alguma coisa que crescia
dentro dela a cada dia, aumentando gradativamente a cada aniversário, algo que
ela aprendia através do seu instinto. Era sofisticada, discreta, altiva.
Interessava-se em ler sobre assuntos que os jovens da sua idade nem cogitavam:
espiritualidade, a cura através das plantas, os chakras, aromaterapia,
cromoterapia, cristais e seus usos. Também sentia uma grande conexão com os
animais. Eles pareciam entendê-la e se aproximarem dela. Alimentava todos os
animais de rua que encontrava, mas não os levava para casa, pois entendia que
eles tinham amor pela sua liberdade e não gostariam de serem resgatados para viverem
trancafiados em abrigos ou quintais mínimos, sujeitos às neuroses de seus
tutores ou protetores. Cães e gatos de rua gostavam de serem alimentados,
tratados e deixados em paz para viverem suas vidas em liberdade, como sempre
haviam sido acostumados. Mas ela tinha grande pena dos animais que haviam sido
criados em casas e abandonados por seus donos após algum tempo, pois sentia na
pele a solidão e o medo deles. E ela tinha conseguido resgatar alguns e
encaminhá-los a novos tutores, apesar da desaprovação dos pais adotivos.
Assim vivia Eduína. É claro que uma moça tão
bonita, um dia tivera um namorado.
Cláudio a conheceu no shopping center. Entrara
na loja onde ela trabalhava para comprar um presente para sua namorada pelo seu
aniversário. Mas ao colocar os olhos em Eduína, ele não conseguiu se concentrar
mais no que estava fazendo ali, e convidou-a para tomar um café com ele.
Surpresa, Eduína aceitou o convite, mais por curiosidade do que por sentir-se
atraída pelo rapaz alto e de pele moreno-escura. Ela nem reparou muito nos
músculos acentuados sob a camiseta ou os cabelos crespos cortados rentes ao couro
cabeludo, formando uma linha precisa em volta do rosto de queixo quadrado. E
ela nunca perguntou sobre sua namorada, nunca quis saber se ele a tinha deixado
por ela, apesar de ele tê-la informado sobre aquilo. Os dois começaram a sair
juntos na noite seguinte, indo ao cinema e depois, jantar. Eles falaram sobre
coisas corriqueiras – o trabalho, as mudanças climáticas, música.
Durante a maior parte do tempo em que estiveram
sentados à mesa do restaurante, Eduína sentiu-se fascinada pelas mãos dele, as
unhas claras e lisas com meias-luas brancas sobre a pele escura, os dedos
longos. Ela sempre se sentia atraída pelas mãos das pessoas, e podia intuir
coisas sobre elas observando-as. E ela intuiu que Cláudio era um rapaz
sonhador, vaidoso, e ao mesmo tempo que passava a imagem de alguém arrojado,
era na verdade bastante tímido e inseguro.
Após o jantar ele a levou em casa, e quando o
carro parou diante do portão, ela perguntou se ele gostaria de entrar, o que
ele aceitou imediatamente.
Dentro da casa, ela preparou um café forte e
serviu-o na sala de estar. Ela mesma não gostava muito de café, e tomou apenas
um copo de água. Cláudio olhou em volta e reparou na simplicidade da casa quase
nua de adornos, e também na limpeza e organização. Perguntou:
-Você mora aqui sozinha?
Ela pareceu sair de um transe, demorando um
pouco para responder, um tom de casualidade na voz:
-Ah, sim. Meus pais morreram há quase quatro anos.
Acidente de carro. Desde então vivo sozinha.
Ele achou estranha a frieza dela:
-Nossa, eu... sinto muito!
Ela sorriu:
-Obrigada. O café está bom? Não estou muito
acostumada a fazer café, sabe. Não gosto de café. Prefiro um suco de frutas, ou
água, ou chá.
Cláudio achou estranha maneira como ela mudara de assunto, mas não
fez comentários e achou melhor não insistir. Tentou soar casual como ela:
-Está muito bom, Eduína, obrigada.
Um silêncio tenso desceu sobre eles, que
olharam em volta, para as paredes brancas, as cortinas brancas, a mesa de
centro de madeira vazia de adornos, a não ser por um pequeno vaso de flores
artificiais que pertencera à mãe. Finalmente, os olhares de ambos foram parar
sobre o piso de tábuas corridas imaculadamente encerado e desprovido de
tapetes. Cláudio pousou a xícara sobre a mesa:
-Bem, está ficando tarde. E nós trabalhamos
amanhã, certo?
Ela se levantou rapidamente, quase em um salto:
-Não vá ainda!
Ele ficou parado no meio da sala, e Eduína
caminhou até ele devagar, os olhos verdes sem deixar os olhos dele, quase
hipnotizando-o, sentindo o forte desejo que emanava dele e que ele nem tentava
disfarçar. Ele apenas sussurrou:
-Você sabe que eu tenho uma garota.
Ela não respondeu, e desajeitadamente, beijou-o
na boca. Logo, o beijo desajeitado tornou-se uma fogueira onde os dois se
consumiram pelo resto da noite. E ela queria sempre mais, deixando-o totalmente
esgotado na manhã seguinte, e ele percebeu que ela era virgem, o que o deixou
ainda mais excitado.
Quando o dia clareou, Cláudio sentia-se ao
mesmo tempo feliz e estranho. Não sabia explicar a si mesmo as suas sensações,
a não ser que terminaria com sua namorada naquele mesmo dia, pois achava ter encontrado
o amor da sua vida. Era como se Eduína tivesse feito com que cada dia de sua
existência finalmente fizesse sentido.
E eles namoraram durante seis meses,
encontrando-se diariamente. Não falavam muito quando estavam juntos, a não ser
o essencial, e ele logo se acostumou com a maneira de ser da moça. Eduína era
quieta, e diferentemente de sua ex-namorada, não demonstrava ciúmes e não
gostava de sair com seu grupo de amigos,
que aos poucos, foram se afastando, embora ela jamais tivesse exigido aquilo
dele. Eles diziam que não se sentiam à vontade perto dela. Cláudio foi
aconselhado por eles a não se envolver tão rapidamente, mas ele estava
completamente apaixonado. Nem percebia que seu sentimento não era compartilhado
por Eduína, achando que suas maneiras frias e seu jeito calado eram apenas a
personalidade dela.
O sexo era sensacional; algo que ele jamais
pensara em experimentar antes. Eduína era sexy, naturalmente sexy. E quando
estavam juntos, ela se entregava totalmente a ele, que pensava estar dominando
a situação, mas na verdade, sem que ele percebesse, ficava totalmente à mercê
dos desejos dela.
Iam ao cinema, pois lá, podiam ficar algumas
horas sem falar (pensamento de Eduína). Gostavam também de passear pelo parque,
e Cláudio sempre se espantava com a facilidade com que os animais se
aproximavam dela, comendo da sua mão. Durante a semana, eles trabalhavam.
Cláudio era engenheiro civil, e trabalhava em uma construtora local. Assim, a
vida deles ia acontecendo sem sobressaltos, e Cláudio cada vez mais se sentia
envolvido por ela, como se Eduína estivesse destinada a ele desde sempre. E ele
fazia muitos planos; alguns compartilhava com ela, que o escutava calada,
sorrindo às vezes, mas delicadamente mudando de assunto.
Até que em uma noite de sábado, após uma sessão
de cinema, enquanto comiam pipoca e caminhavam juntos na calçada em direção ao
carro, ela disse:
-Cláudio, acho melhor nos separarmos.
Ele estancou o passo, e ela continuou
caminhando um pouco, até que parou e olhou para trás:
-Você me leva em casa?
Atônito, Cláudio balbuciou:
-O que você... Eduína, você quer terminar
comigo? É isso, ou é brincadeira? É brincadeira, não é?
Ela arregalou os olhos:
-Não. Eu não brincaria com uma coisa dessas,
Cláudio. É que já estamos juntos há seis meses, e eu não quero me casar agora.
Ele riu:
-Mas... eu também não quero!
-Então, para quê continuar? Eu não quero me
casar, e nem você. Por que continuar?
-Ora, Eduína... é claro que eu contei a você
sobre meus planos de nos casarmos, mas não é para agora...
- Disse bem: seus planos. Alguma vez você se
perguntou se os meus planos eram os mesmos que os seus? Por que continuar,
Cláudio?
Ele tentava esconder seu desespero, torcendo os
dedos dentro dos bolsos do casaco.
-Porque eu... eu amo você, estou apaixonado! E
você também. Não é? O que isso tem a ver com casamento?
-Olha, eu sou sempre muito objetiva, sabe. Gosto muito de você, Cláudio, mas não me vejo
casada com você, tendo filhos, acordando juntos todos os dias... eu preciso ser
sincera. O sexo é excelente, mas sexo não é tudo. Existem mais coisas que são
importantes para ficar com alguém. A gente se diverte juntos, é verdade, e
gosto da sua companhia, mas não sinto que fomos feitos um para o outro, sabe.
Aquelas palavras atingiram-no como um soco. Ele
percebeu que nunca a vira tão eloquente. E ela estava sendo eloquente
justamente no momento em que estava causando a ele uma grande dor. Era
impressão ou ela sentia um pequeno prazer ao destruir seus sonhos? Não; não
poderia ser verdade, ela o estava testando. Cláudio sorriu, mais uma vez
tentando esconder o nervosismo:
-Ah, já percebi! Na verdade, você acha que eu
não estou levando a gente a sério. Mas eu estou, e quero provar para você.
Vamos noivar!
Ela riu alto:
-O que é isso, você ficou louco? Eu estou
terminando com você, Cláudio, será que não fui clara?
Ele pareceu confuso. Lágrimas chegaram à tona
dos seus olhos, e ele engoliu em seco, pois chorar na frente dela seria
humilhação demais. Mas logo após aquele pensamento, ele se viu de joelhos
diante de Eduína, que olhava para os lados, vendo as pessoas que passavam pela
calçada e os observavam.
-Case-se comigo, Eduína! Por favor!
Ela ergueu as mãos para cima, num gesto de impaciência:
-Cláudio, pare de fazer papel ridículo! As
pessoas estão olhando!
Ele olhou em volta e se pôs de pé. Olhou para
ela, impotente, sentindo-se cada vez mais triste. Eduína sacudiu a cabeça,
respirando fundo, e segurando as mãos dele, tentou chamá-lo à razão:
-Cláudio, por que tornar a vida tão complicada?
Nós tivemos momentos bons, nos divertimos, construímos uma grande amizade. Mas
eu tenho que dizer a verdade, e ela é: eu não quero me casar com você! Então
não vejo motivos para continuarmos juntos.
-Você tem outra pessoa, não é? É isso, você
conheceu alguém!
Ele puxou as mãos, cruzando os braços e
tentando conter o choro. Ela respondeu, a voz quase implorando por compreensão:
-Não, eu não tenho ninguém, e nem quero ter.
Eu... estou pensando em... mudar a minha vida, sei lá... minha rotina está
chata, sem sentido. Eu quero descobrir coisas. É como se algo me puxasse para
um determinado destino que eu ainda não sei qual é, mas a única coisa que eu
sei, é que você não vai caber nele. Não tem como encaixar você ou qualquer
outra pessoa.
E naquela noite, Eduína deixou de encontrar-se
com Cláudio. O rapaz ficou arrasado, mas decidiu que seria melhor aceitar e
seguir com sua vida, pois quando um não quer, dois não brigam. Foi uma
separação inconformada e dolorida da parte dele, e libertadora da parte dela.
Na cama, enquanto os primeiros clarões da manhã
de domingo penetravam pelas frestas das persianas, Eduína sentiu-se mal. Foi
algo repentino, um forte enjôo, e ela quase não teve tempo de chegar ao
banheiro para vomitar. E ela vomitou durante vários minutos, colocando para
fora litros de um líquido amarelo escuro que ela não sabia de onde vinha. As
sensações foram horríveis, de dor no peito e esgotamento, mas ao mesmo tempo,
ela sabia que estava sendo limpa. E não era apenas o seu corpo que estava sendo
limpo, mas toda a sua energia, sua alma. De manhã, ligou para a loja e disse
que não trabalharia, pois estava doente. As pessoas estranharam, pois em quatro
anos de trabalho, aquela era a primeira vez que Eduína faltava. Ela agradeceu
pela preocupação, disse que já se sentia melhor, embora esgotada, mas que não
se sentia bem o suficiente para trabalhar, e que compensaria trocando sua folga
de segunda-feira com outra pessoa.
Naquele dia, ela tomou muito chá. Fez uma dieta
liquida que limpou-a por dentro, e ficou na cama, dormindo por horas.
Na segunda-feira de manhã acordou sentindo-se
melhor, mas a caminho do trabalho, teve que sair do ônibus às pressas para
vomitar na calçada. Foi ajudada por uma mulher de meia-idade, que conduziu-a a
um posto de saúde e ficou com ela até que fosse atendida.
Pediram-lhe vários exames. Deram-lhe alguns
antieméticos na veia e mandaram-na para casa com um atestado médico para três
dias.
Mas ela não melhorou. Vomitava absolutamente
toda a água, suco ou sopa que colocasse no estômago. Acabou tendo que voltar ao
posto médico, onde foi internada. Uma enfermeira que cuidava dela, perguntou:
-Quer que eu chame alguém da família?
E ela se deu conta de que não tinha ninguém.
Mas aquilo não causou nenhuma dor, apenas uma compreensão conformada de que sua
vida seguiria por um caminho solitário.
Os exames não mostraram nada de errado com a
saúde de Eduína. Como ela estivesse se sentindo melhor e os vômitos tivessem
passado, deram-lhe altas e ela foi para casa. Na manhã seguinte, ao chegar ao
trabalho, disseram-lhe que estava sendo demitida.
Eduína assinou os papéis da demissão sem
questionar ou tentar se defender, sabendo que estava assinando permissão para
uma nova fase de sua vida que começaria em breve. Despediu-se brevemente dos
colegas e saiu da loja sem olhar para trás. Ao invés de se sentir insegura a
respeito do futuro, antes de ir para casa ela caminhou até uma imobiliária e
pediu que fizessem uma avaliação de seu imóvel, colocando-o à venda. Os pais o
tinham doado para ela em vida dias antes do acidente, portanto, não haveria
nenhum problema em vendê-lo.
Ela ainda se lembrava da noite, após o jantar,
em que eles tinham comunicado o fato a ela. Sua mãe e pai adotivos a chamaram
para uma conversa, e sentaram-se à mesa da cozinha. Os dois se entreolharam, e
o pai disse:
-Eduína, queremos que saiba que fizemos uma
doação em vida a você da casa e de tudo o que há nela. Temos também um pequeno
terreno fora da cidade que não vale muito, mas é seu. Ainda não acabamos de
pagar o carro, mas ele está no seguro, e caso alguma coisa aconteça, você terá
direito a uma indenização. Fora isso, tenho algumas dívidas no banco... mas
eles não podem tomar a casa de você.
Eduína indagou:
-Mas por que fizeram isso?
A mãe, torcendo as mãos nervosamente,
respondeu:
-Filha, a gente nunca sabe o dia de amanhã.
Mas o olhar trocado entre a mãe e o pai deu a
ela a certeza de que sim, eles sabiam exatamente o que o dia de amanhã lhes
traria. Ela ficou preocupada com eles, mas uma voz interior lhe disse que não
se preocupasse, pois tudo seria como deveria ser.
(CONTINUA...)
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