quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ARMADILHAS - FINAL





Capítulo 7 - epílogo – A decisão

Marcus:
“ Você sempre achou que eu fosse um anjo. Talvez eu seja. Mas se quiser, posso ser seu demônio, pois estou dentro de você. Posso ser quilo que você desejar. Sou um ser real, mas ao mesmo tempo, nascido de sua imaginação, trazido aqui através de sua necessidade. Nós estamos o tempo todo no meio de vocês. Vocês esbarram conosco nos lugares mais estranhos: hospitais, pontos de ônibus, sonhos, feiras livres, escolas, teatros, enfim, podemos estar em qualquer lugar que sua imaginação e sua necessidade permitam. Raramente somos percebidos como realmente somos. Na maioria das vezes, podemos ser aquele conhecido a quem vocês são apresentados numa festa, ou aquele novo amigo que aparece justamente num momento de necessidade e some de repente, sem deixar sinais. Nós somos formados durante suas orações, através de suas ânsias, medos e desejos. Podemos ser bons ou maus. Mas o que somos depende do que vocês querem que sejamos. Mas lembrem-se: se desejarem que sejamos maus deliberadamente, terão de arcar com as consequências. Mas o Bem e o Mal, para nós, é diferente do que eles são para vocês. Para nós, o que vocês chamam de Mal pode ser justificável, e o que vocês conhecem como o Bem pode tornar-se vil.Tudo depende da verdade que se esconde no fundo do coração de cada um de vocês. Esta, somente vocês próprios conhecem, e somente por ela serão julgados, e nunca pelas aparências exteriores de seus atos. Como vocês se parecem aos olhos de seus iguais não é o que realmente importa. Pois esta nem sempre é a verdade. A verdade sempre liberta, nunca escraviza; sempre se justifica, nunca pune; sempre conduz ao melhor resultado, mesmo que o caminho a seguir para estar ao lado dela seja longo e árido.
Agora, Eduarda, que você sabe quem eu sou, é preciso que você decida quem você quer ser.Se deseja a dor de ser julgada por aqueles a quem você chama de 'seus iguais', que na verdade, nada conhecem além daqueles conceitos que alguém fez com que engolissem sem questionar, vá agora. Mas, se estiver pronta para seguir livre e sem culpas, pairando acima da dor e do julgamento daqueles que na verdade nada compreendem, me a dê sua mão e seja livre, vivendo na verdade.”

Um grande silêncio e uma grande pausa se fizeram antes que ela erguesse sua mão. 




3 comentários:

  1. Belo texto!Forte e objetivo.
    Vim agradecer a sua visita e gostei muito do que li.
    Estrou ficando por aqui,e voltarei mais vezes.
    Bom dia.

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  2. ANA,

    Sou seu mais novo segudor e quero pernitenciar-me, mesmo, pois só agora e acho muito tardiamente, vi que ainda não era seu seguidor.

    Um absurdo que corrigi, imediatamente.

    Isto porque seu blog, seus textos, seus contos, ,realmente entusiasmam a gente a continuar lá no nosso cantinho a manter esta blogosfera de pé, pois você com sua competência,nos encoraja.

    Um abração carioca,ANA BAILUNE.

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  3. Boa noite ,Ana!!
    Maravilhoso...como todos teus trabalhos.
    Abraços e Obrigada por visitar Sonhos e Amores.
    veraportella

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